28 de mar. de 2012

Acabando com a dor.


Ele entrou sem bater a minha porta, mas mesmo assim eu abri para um desconhecido. Ele era o amor, mas eu só vim saber disso assim que meu coração acelerou, que minha respiração ficou ofegante e que aquele desconhecido já não saia da minha cabeça, dos meus pensamentos e do meu coração burro.
Fui notando suas qualidades e escondendo seus defeitos, fui buscando tudo ao meu redor que eu poderia dar em troca de sua presença. Procurei motivos para ele ficar, mas ele mal ficava. Encontrei canções para que ele recordasse de mim, mas ele mal as escutava. Ele brincava comigo em um momento, mas de repente, se fechava para todos. 
Ele era tão inspirador com sua independência, seu modo de falar e de se vestir... ele era encantador! Ele era a inspiração de cada sorriso e cada pensamento que se passava na minha cabeça, mas eu não conseguia dizer o quanto ele me fazia ficar sem ar, nem o quanto eu me sentia protegida em seus braços. E fui seguindo, guardando e guardando aquele sentimento em mim que a cada dia só aumentava. Eu pensava: "é melhor só admirar de longe, posso acabar com toda a nossa amizade", ainda mais porque as vezes ele parecia me amar, mas em outros momentos parecia que ele nem se importava comigo.
De repente, eu resolvi dizer o quando eu gostava de quando ele sorria, o quanto eu gostava do cheiro do perfume dele, o jeitinho tímido dele, o quanto eu gostava dele. Foi de um jeito meio sem graça, mas falei. E ele, nada respondeu. Silêncio total da parte dele. Eu disse que se ele resolvesse engajar naquele romance que ele me comunicasse, me procurasse.
O tempo, bom, o tempo passou......e eu o via quase nunca, o "oi" diminuiu, os sorrisos sumiram. E, aos poucos, ele desapareceu... Ele havia ido embora da escola, havia ido embora da minha vida. Ele se foi, mas deixou uma carta no meu armário que dizia assim:


"Olá, doçura! Desculpa por não te falar que fui embora, desculpa não ter falado nada, desculpa por não ter sido aquilo que você esperava, mas você sempre será minha amiga, nada além disso.
Não queria te magoar, então resolvi ir embora para a casa da minha mãe no exterior. Bom, desculpa por toda a decepção, mas é isso.
Adeus, ele!"






Após ler toda a carta, me senti um lixo... um ser inútil. Resolvi ir dormir, mas dormir para todo o sempre. E hoje, escrevo essa carta para dizer adeus.

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